
Assim como ocorreu com o Marrocos e a Grécia, conhecer a Rússia foi a realização de um sonho de criança. Desde as aulas de história do Ensino Fundamental eu me imaginava andando pelas ruas tão diferentes desse país. Repentinamente, surgiu uma viagem de 5 dias em Moscow que contarei tudo aqui para vocês!
A delícia é que esse dia chegou de forma inusitada. Os amigos de meu marido tinham organizado uma viagem para ver a Copa do Mundo da Rússia e ele ficou morrendo de vontade de estar junto com eles para sentir a atmosfera dos jogos! Então lá fomos: em 15 dias reservamos passagens e conseguimos negociar com o Airbnb que eles tinham escolhido para nos acolher também. A experiência foi mágica, por isso, aqui conto cada detalhe dela e dou dicas do que fazer, onde se hospedar, onde comer, como chegar, em que época ir e muito mais!

Como chegar à Moscow
Avião
Para quem está no Brasil, o jeito mais fácil e rápido de chegar é voar até alguma capital europeia e depois fazer uma conexão. É possível ir de Air France (Paris), British (Londres), KLM (Amstedã), Lufthansa (Munique), SwissAir (Zurique), entre outras.
Na época eu morava em Mulhouse, na Alsácia, França, e o meu marido em Valência, na Espanha. Escolhemos então, para esses 5 dias em Moscow, voar de Lufthansa até Munique porque de lá conseguiríamos pegar juntos o último avião. Para quem já estiver na Europa ou em outro país, uma possibilidade para chegar é a Aeroflot, uma companhia russa que opera em diversos países, inclusive na Europa e nos Estados Unidos.

Trem
Se já estiver na Rússia, uma opção excelente é pegar um trem de alta velocidade porque o país é cortado por uma malha ferroviária razoável e essas locomotivas são muito rápidas. O preço pode ser melhor do que o do avião e reduz o deslocamento dentro da cidade, pois Moscow é gigante e os aeroportos ficam bem longe, pegando um trânsito surreal como acontece de São Paulo a Cumbica.
Visto de entrada para a Rússia
O Brasil tem, desde 2000, segundo o site do Itamaraty, um acordo com a Rússia para a isenção de vistos de curta duração para brasileiros. Para entrar, é preciso que o passaporte tenha validade superior a seis meses e a entrada saída é livre por 90 dias a cada 180 dias. Muitos países europeus, contudo, precisam de visto. Assim, se você tiver algum passaporte europeu e for brasileiro, é melhor entrar na Rússia apresentando o passaporte brasileiro!

Nós ficamos cinco dias no país, mas já li explicações que quem for viajar por um período superior a esse o hotel deve registrá-lo junto ao órgão responsável. É importante que você cheque essa informação antes de viajar, pois não tive a experiência de ficar mais de 5 dias em Moscow.
Como se deslocar dos aeroportos de Moscow à cidade
Moscow tem três aeroportos: Domodeovo, Sheremetyevo e Vunukovo. Todos têm trem e ônibus que levam a regiões mais centrais. A cidade, contudo, é enorme e é bem possível que você precise fazer muitas baldeações de metrô com mala, sem contar que a língua é bem diferente. Para uma chegada tranquila, recomendo que você negocie com o hotel ou o Airbnb um táxi para a sua hospedagem. Pagamos cerca de 40 dólares para um táxi contratado pelo Airbnb.

Como se deslocar dentro de Moscow
Metrô
A cidade é toda cortada por metrô e esse é um eficiente meio de transporte, sem contar que as estações são maravilhosas, consideradas os palácios do povo, e fazem parte do passeio. São mais de 200 estações e milhões e milhões de usuários atendidos por dia.
Achei os trens e as estações muito boas. Aliás, na minha opinião, é o melhor metrô do mundo! Muito fácil de entender… e funciona super! Logo mais explicarei detalhadamente sobre o metrô, pois algumas estações fazem parte do passeio turístico na cidade! Mesmo que não for usá-lo como meio de transporte, você precisa ir conhecer algumas renomadas estações! Se for optar pelo metrô, existem combos de passagens por quantidade de dias. Compramos para os 5 dias em Moscow esse pacote, pois é prático e com bom custo-benefício.

Uber
A cidade também têm Uber, que usamos bastante à noite durante os 5 dias em Moscow, mas somente o acessamos quando o metrô já estava fechado. Achamos melhor andar de Uber do que de táxi, pois a maior parte dos motoristas não fala inglês e o aplicativo resolve o problema da comunicação em outras línguas… Além disso, alguns russos disseram que pode ser perigoso estrangeiros pegarem táxi na rua.
Ônibus vermelho: Moscow Pass
Além de metrô e Uber, usamos os ônibus vermelhos, do pacote Moscow Pass. Achei eles bem caros, mas nosso tempo era curto, o grupo muito grande, as distâncias enormes e a cidade estava lotadíssima. A grande vantagem desse tíquete é que ele inclui muitas das atrações principais, o tradicional e imperdível passeio de barco e um fast-pass, ou seja, você não ficará na fila! Na Copa, isso nos fez economizar muito tempo! Numa semana normal, contudo, talvez não tenha tanta vantagem… Por isso, vale fazer as contas e avaliar!

Quando ir programar os 5 dias em Moscow
Não vá no inverno
A Rússia é um país situado bem ao norte do globo, portanto, gelado e, no inverno, é extremamente frio. É uma época bonita para ver o gelo nos telhados, mas impossível para flanar nas ruas e muito escura.
O verão é o ideal
Um período, portanto, bom para ir é entre junho e a primeira quinzena de setembro, bem na alta temporada europeia, o que aumenta os preços das diárias. Nessa época, as temperaturas estão, no geral, acima de 20 graus e os dias são mais longos.

Eu fui na primeira quinzena de junho e estava bastante calor, porém somente em um dia que precisamos usar um casaco mais leve. Essa é uma época interessante para viajar à Moscow, pois os preços ainda estão um pouco mais baixos. É só na segunda quinzena que acontecem as noites brancas, quando se tem sol quase o dia todo e o país lota de turistas.
Evite as festividades
Entretanto, evite viajar nas festividades de aniversário da cidade, quando a Praça Vermelha fica parcialmente fechada e não há visitação a muitos monumentos. E em alguns feriados locais também, pois você pode encontrar atrações fechadas ou cidades lotadas.

Onde se hospedar nos 5 dias em Moscow
Essa é uma pergunta complexa, pois a cidade simplesmente é enorme e as atrações bastante espalhadas. Na Praça Vermelha e arredores está a maior concentração delas e os valores das diárias nessa região normalmente são super elevados. Por isso, verifique bem as opções de hotéis, pois um lugar pode estar perto do metrô, mas a duas horas dos lugares que você quer ir.
O ideal é, depois de ler este texto, você listar os lugares que quer ir e decidir se estão mesmo perto da Praça Vermelha e se você quer mesmo pagar o custo da região. De fato, ficar por ali é mesmo mais cômodo, mas tem seu preço!

Atenção!
Na Rússia, muitas vezes, a rede hoteleira é oito ou oitenta: ou são lugares bem velhos e nem tão bem limpos ou são ultra sofisticados e repletos de dourado como você nunca viu na vida. Pesquisar bem e ler cuidadosamente os reviews do Booking é, portanto, mais que fundamental do que qualquer outra cidade que conheci!
Como se comunicar em Moscow
Você verá que em muitos locais, inclusive em restaurantes e atrações turísticas, as pessoas não falam inglês. O que nos salvou foi o aplicativo do Google Translator, que não é dos melhores na tradução, mas ajuda a entender o contexto. A única palavra em russo que aprendi, mas que nos ajudou a ser mais simpáticos foi obrigado, que se fala (não é como escreve) spasiba.

Que moeda usar em Moscow
A moeda local é o Rublo, ou seja, se estiver indo de algum país da União Europeia, na rua você não conseguirá usar euros. É importante ter um pouquinho de moeda, mas muitos locais aceitam cartão. O Rublo oscila muito, talvez, atualmente, mais do que o Real. Então nesse caso sugiro tentar não ficar com muitos rublos na mão na saída do país. Detalhe: conseguimos sacar facilmente nos caixas eletrônicos.
Segurança em Moscow
Eu me senti super segura em todos os 5 dias em Moscow, foi tudo muito tranquilo, mas vamos lá: era Copa do Mundo e, quem foi à Copa e às Olimpíadas do Brasil, sabe que o Rio de Janeiro estava seguro como nunca. Segundo os amigos russos que fiz quando morei na Alsácia, Moscow não é uma cidade super segura. Isso porque lá ocorrem assaltos, especialmente, aqueles pequenos furtos em que nem se percebe que estão abrindo a bolsa. Ainda assim, de acordo com eles, é muito raro acontecer um assalto à mão armada.

A dica, portanto, é a mesma para qualquer cidade grande do mundo: cuidado com a bolsa, celular, relógios caros e jóias. Fique então de olho nos pertences pessoais no metrô, nos locais muito tumultuados e não deixe a bolsa pendurada na cadeira em restaurantes. Evite também andar à noite em locais pouco movimentados, e, de resto, só diversão!
Um pouco sobre a história e a cultura de Moscow
A Rússia é o maior país do mundo em território e eles têm muito orgulho disso! Essa característica faz, portanto, parte da conversa de muitos que você conhecerá. Eles adoram contar sobre os povos que tentaram e não conseguiram tirar parte das terras da Rússia.
Chamam a área onde fica o país de Eurásia, pois está na Europa Oriental e também no norte da Ásia. Uma das fronteiras que têm é com a China e muitos locais se gabam dizendo que os chineses também querem invadir a Rússia e não conseguem.

Uma cidade enorme
Moscow está no lado europeu e é enorme como São Paulo, toda espalhada. Contudo, a maior diferença da composição da cidade, na minha opinião, é que em Moscow as fábricas estão dentro da cidade. Lógico que a arquitetura e a cultura são diferentes das do brasileiro, mas senti, em todos os 5 dias em Moscow, na abertura de falar e agir dos moradores, uma grande identificação com o paulistano, como ocorreu em Atenas. São pessoas alegres, preocupadas em receber bem e, portanto, com muita vontade de trocar conhecimentos e experiências!
Ivã O Terrível
Do ponto de vista histórico, a ascensão de Moscow ocorreu no reinado do Ivã III, no século XV. Foi nessa mesma família, com o neto dele, o Ivã conhecido como “O Terrível”, que o termo czar surgiu para definir, partindo do nome de Júlio César, a grande liderança do país. Esse Ivã matou o próprio filho, que era o herdeiro do trono, porém deixou a Rússia sem sucessor depois de sua morte. É nesse momento que surgiu a dinastia dos Romanov, que seguiu então até o final da monarquia, por três séculos.

Dinastia Romanov
Esse período da dinastia era de muito ouro, ornamentos, refletido em diversas construções que vi em todos os 5 dias em Moscow. Pense só na beleza e no cuidado em cada detalhe das igrejas e prédios públicos até o século XVIII. Um toque europeu, mas uma forte influência do que vemos no Oriente, como na Índia, por exemplo. Isso porque foi só o czar Pedro “O Grande” que foi à Europa, perto do século XVII. Foi ele que criou São Petersburgo, que virou a capital – e dizem já ser bem mais europeia que Moscow. Eu ainda não a conheci, mas está na lista de prioridades, pois todo mundo me diz que é belíssima!
Foi na época do czar Pedro que o papel da mulher mudou na sociedade. Até então elas eram coadjuvantes e não se envolviam nas grandes decisões políticas. Após seu reinado, elas até passaram e reinar, a começar pela Elisabete, filha dele. No século XVII foi então a vez da Catarina II, que destronou o marido e investiu no glamour, na arte e expandiu territórios.

Queda dos Romanov e os bolcheviques
Entre a segunda metade do século XIX e a primeira do XX, a Rússia começou a perder um pouco brilho das glórias e, em 1905, que aconteceu o Domingo Sangrento, quando o czar recebeu manifestações a tiros, o que piorou a insatisfação da população. Uma sequência de eventos depois desse destronaram Nicolau II.
É aí que vem 1918, com os bolcheviques, que tomaram o poder, liderados por Lênin. A dinastia ainda era Romanov, cuja história romanceada de Anastácia conhecemos romanceada pelo belo filme da Disney. A real é que a família toda foi assassinada, mas existe a lenda de que dois filhos, um deles a Anastásia, fugiram. Essa lenda foi desconstruída bela descoberta do corpo dela em 2007 e a confirmação por testes de DNA em 2009.

Criação da URSS
Com a revolução, em 1922, foi criada a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), que durou até 1991. Era composta por diversos países, dentre os quais estavam entre eles as atuais Bielorússia, Estônia, Letônia, Lituânia, Moldávia, Rússia, Ucrânia e Uzbequistão. A capital voltava a ser Moscow, o que arquitetonicamente refletiu na construção de diversos prédios administrativos, mudando a paisagem da cidade. Isso é bem nítido quando observamos, em especial, Moscow de cima.
Com a morte de Lênin, Stálin assumiu a URSS. Foi sob a liderança dele que, em 1941, a Alemanha de Hitler invadiu a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Milhões de soviéticos morreram, inclusive civis, mas dizem que nunca se renderam. Contudo, conseguiram vencer os nazistas e tomaram, em 1945, Berlim, que ficou dividida por décadas.

Guerra Fria
É nesse momento que começa a chamada Guerra Fria, marcada pela disputa de poder, ideologia e cultura entre as potências Estados Unidos e URSS. Os primeiros disseminaram sua cultura não só pelo hard power, como a força militar, mas também pelo soft power, a exemplo do american way of life (estilo de vida norte-americano), muito difundido pelo cinema. Já os segundos expandiram o socialismo para países como Cuba, do outro lado do globo.
Contemporaneidade
A Guerra Fria se dissolveu décadas depois e um dos marcos foi a queda do Muro de Berlim, que dividia a cidade. Foi só em 1991 que a primeira eleição presidencial direta ocorreu na Rússia, com a eleição de Boris Yeltsin, que seguiu presidente até renunciar, e, em seguida, veio Vladimir Putin, considerado importante por estabilizar o país.

Hoje, não muito diferente do que ocorre no Brasil, os russos criticam a corrupção. Falam também abertamente dos políticos e dos milionários que têm dinheiro no exterior. Ouvi muitos dizerem que as lideranças não têm interesse em uma nova guerra, pois os investimentos deles estão na Inglaterra, na Suíça e em Hong Kong.
Que souvenirs levar de Moscow
Matrioshkas
O que mais acho um charme da Rússia são as matrioshkas, aquelas bonequinhas com roupas típicas que ficam uma dentro da outra, num efeito cebola. Elas foram criadas no século XIX por um marceneiro e viraram tradição! Compramos as nossas no mercado de pulgas, que minha amiga queria muito ir, mas acho bobagem se deslocar tanto só para ir até lá. Entre ir e voltar, demoramos umas três horas e as matrioshkas não foram tão baratinhas não… Aliás, você encontrará diversos preços, de acordo com material, tamanho, quantidade de bonecas dentro e se são manuais ou industrializadas.

Vodka
A vodka é outro souvenir bem interessante e a variedade e qualidade que tem lá é muito superior a que temos acesso ao Brasil. Fazendo uma comparação com cachaça, no exterior só encontramos 51 e é raríssimo achar uma boa bebida artesanal. Nós compramos Beluga, que é a mais famosa, em versões mais premium e liquorosas. Como estávamos viajando só com mala de bordo, tivemos de adquirir no aeroporto, onde é mais caro.
Ovos fabergé
Os ovos fabergé são também bem tradicionais. Foram criados por uma joalheria para um czar dar de presente à esposa na Páscoa. Hoje existem réplicas que não são de ouro. Como eles não são muito do meu gosto, não levamos, mas você encontrará em diversas lojas de souvenires e no mercado de pulgas.
Quanto tempo ficar em Moscow
A imagem que eu tinha de Moscow era a da região da Praça Vermelha. O que eu não esperava é ver essa beleza e exotismo por todos os quilômetros e quilômetros da cidade! E, por ser uma metrópole e ter tanta história, há muito o que fazer! Assim como Londres, Paris, Nova Iorque e São Paulo, o leque de atividades é amplo e é possível passar até um mês vendo novidades todos os dias! Nós ficamos 5 dias em Moscow e saímos com gostinho de vontade de voltar, mas 4 dias bem corridinhos são suficientes para ver as principais atrações e sentir a cidade. Eu recomendaria ficar ao menos uma semaninha.

O que fazer nos 5 dias em Moscow
Caminhe nas avenidas largas e grandes praças, mergulhe nas lindas igrejas ortodoxas, passeie no rio Moskva, suba em arranha-céus para ver a vista, explore as estações de metrô e desbrave os belíssimos monumentos! Não precisa andar muito para sentir um astral de poder da Rússia, embalado em brasões, dourado, estrelas e vermelho!
Nos restaurantes, hotéis e lojas você sentirá também o quanto Moscow é uma cidade de luxo e riqueza. E não é, portanto, à toa: é a segunda cidade do mundo em número de bilionários e de lá que vem quase ¼ do PIB da Rússia!
Segundo dia de viagem em Moscow
Catedral de San Salvador
Entre chegar, ir ao Airbnb e comer, lá se foi um dia inteiro então nosso relógio turístico começou a rodar no segundo dia! Na primeira manhã inteira em Moscow, para começar e sentir o astral da cidade, nada melhor do que ir à Praça Vermelha! No nosso caso, tivemos primeiro de ir à lindíssima Catedral de San Salvador, pois pegamos lá o Moscow Pass. Dali seguimos à pé, margeando o rio, até a mais famosa praça do país!

Praça Vermelha
O vermelho está presente no nome da praça por conta do significado da palavra, que antigamente, em russo, representava “bela”. Ela foi criada no século XV, quando o czar destruiu as casas de madeira que ali estavam para construir um mercado. Ao redor dela está a famosa catedral de São Basílio, Kremlin a galeria GUM (seria como a Laffayette para a França) e o primeiro McDonald’s da Rússia, um símbolo do fim da Guerra Fria!
A entrada oficial da Praça Vermelha é a Porta da Ressureição. Um bom local para começar o seu trajeto do primeiro dos 5 dias em Moscow! De lá, se quiser, você pode passar no Mausoléu de Lênin, onde o corpo dele está embalsamado. Eu não quis ir lá ver o corpo. Eu já tinha achado bem bizarro ir à tumba de Napoleão em Paris, imagina ver o corpo embalsamado!

Catedral de São Basílio
O lugar mais charmoso e que você mais estará esperando é a Catedral de São Basílio! As cúpulas todas trabalhadas e cheias de cor são um charme! Ali tem tanta gente tirando foto que será então bem difícil conseguir uma sem ninguém no fundo. Uma das fotos que verá os turistas tirando bastante é fingindo que as cúpulas são um sorvete.
Por fora, a Catedral parece menor do que esperamos pelas fotos, mas é grandiosa nos detalhes! Por dentro, é inusitada, pois resulta da junção de diversas capelas, sem uma grande nave no centro. As peças são lindíssimas e vale, portanto, muito entrar! Um lugar bem legal para tirar fotos da cidade é da escada externa da catedral. De lá é possível ver diversas construções do entorno da Praça Vermelha. E você irá notar que poucos prestam atenção nesse ângulo!

Kremlin
Depois da catedral você pode passar no Kremlin, mas garanta que você não vá ficar com fome nas duas horas seguintes, pois lá tem muita coisa pra ver! O Kremlin é um complexo, uma fortaleza cheia de prédios, inclusive igrejas. Hoje é onde fica o presidente, mas já foi sede dos czares e do governo da URSS.
Você não conseguirá acessar todas as áreas, pois existem áreas administrativas do governo fechadas para visitação. Mas tem MUITA coisa MESMO para ver!

Catedrais do Kremlin
Além de passar no meio dos prédios, curti muito a Praça das Catedrais. Ali estão diversas catedrais onde ocorriam os grandes eventos dos czares. Muitos adereços foram retirados na época da revolução e das guerras e foram agora recolocados. Os detalhes e o trabalho artístico é muito diferente de tudo o que vi em países como Itália, França e Espanha, bastante conhecidas pelas construções religiosas. Na Rússia, a religião predominante é a ortodoxa.

O Kremlin é tão grande que não tivemos tempo de ver o Campanário de Ivã, O Grande, o Arsenal do Estado (com peças, objetos e roupas dos czares), o Fundo de Diamantes do Estado – um museu semelhante à Tower de London e onde estão coroas e um diamante gigante usado em cetros. É por isso que você não pode cometer o erro de não reservar bastante tempo pra circular em tudo!
Arredores da Praça Vermelha
Depois que sair do Kremlin, não deixe de se programar para ver a troca da guarda. Ela acontece a cada hora, ao lado do Monumento ao Soldado Desconhecido. Outra dica importante: não deixe de visitar a praça de dia, mas ver também como é à noite, com as luzes acesas! É muito lindo, principalmente, a área da Catedral.

Ao lado da direito da catedral você também encontrará a linda galeria GUM, construída no final do século XIX. Uma das atrações dela, além das lojas, é o teto de vidro e os sorvetes. Entre outras atrações nessa região está o Museu do Estado, sobre a história da Rússia, e a Catedral de Kazan, uma reconstrução da igreja original, pois ela foi destruída pelos bolcheviques.
Bunker 42
Depois de passear na Praça Vermelha, no final do dia do segundo dos 5 dias em Moscow, visitamos o Bunker 42. Os bunkers eram esconderijos com fortes estruturas e, normalmente, profundos que serviam de proteção contra bombardeios e local para a inteligência atuar. Fora esse, eu só tinha ido a um antigo bunker em Berlim, com estrutura bem diferente!

O interessante é que chegamos lá e era uma casa comum. Ao entrar nela, começamos a descer muitas escadas, andares e andares, até chegar a quase 70 metros de profundidade! Esse foi, portanto, um programa super diferente. Mas eu não estava tão interessada de imediato; fui mais porque todos de nosso grupo queriam ir, e me surpreendi!
Um bunker abaixo do metrô
O bunker fica em baixo do metrô e só funcionava quando os trens paravam. Nesse momento, os agentes entravam em ação! Eles atravessavam corredores de placas de ferro, que visavam proteger de ataques nucleares, e se direcionavam à sala de comando, onde arquitetavam estratégias e o botão de mísseis poderia ser ativado!
Além da ambientação e de ver os equipamentos e uniformes, no bunker temos uma visita guiada com direito a um vídeo explicativo da Guerra Fria. Essa parte gostei muito, pois conhecemos no Brasil mais a visão norte-americana desse período. Com um discurso bem norte-americano, é narrado o percurso do conflito e das disputas daquele período.
Terceiro dia de viagem em Moscow
Viajamos em seis pessoas e, quando estamos em um grupo grande, as atividades são bem divertidas, porém podem demorar mais. Então é possível que sozinho ou a dois você consiga fazer muito mais! Começamos o roteiro tarde no 3o dos 5 dias em Moscow, com um passeio incrível pelo rio!
Moscow Pass e os passeios incluídos
Eu sou apaixonada por passeios de barco em cidades históricas. Como boa parte delas cresceu ao redor do principal rio, é possível então observar diversas construções emblemáticas. O passeio pelo rio Moska estava incluído no nosso Moscow Pass. Isso foi um ponto positivo, pois usamos bastante os benefícios dele, economizando no total dos passeios. Observação: não sou patrocinada por eles, viu?

Passeio de barco pelo Rio Moskva
O passeio saiu ao lado do maravilhoso Hotel Royal Radisson. Antes reservamos nosso lugar e retiramos o ingresso pertinho do ponto de saída. A duração foi de duas horas e o legal é que almoçamos e bebemos à bordo, visualizando a linda paisagem da cidade!
Uma dica é você chegar e já escolher uma mesa bem posicionada, pois todo mundo disputa os lugares. Ainda mais naquele dia, que estava chovendo, era necessário estar embaixo de uma cobertura. Um dos lugares que vimos do barco foi o Parque Górky, o maior de Moscow. Esse foi um lugar que ficou na listinha para ver numa próxima visita, que espero que seja de mais de 5 dias em Moscow, pois eu definitivamente amei a cidade!
Hotel Royal Radisson Moscow
Um dos mais belos hotéis de Moscow é o Radisson. Está situado num belíssimo prédio, com lustres enormes e decoração toda rebuscada. No primeiro andar está uma maquete da cidade, onde podemos visualizar como estão dispostos os principais pontos turísticos. Nosso Moscow Pass incluía café no bar do hotel, por isso, fomos até ele, situado no último andar, de onde tivemos a melhor vista da viagem! Sem dúvida é um local que você não pode deixar de ir! Além de ser lindo, a vista é 360 graus!
Tomei um cappuccino, mas desceu super pesado. Acabei ficando sem fôlego para pedir mais alguma coisa, mas me arrependi de não ter experimentado o verdadeiro Moscow Mule de um bom bar de hotel! Por favor, não deixe de experimentar quando for lá e depois me conte!

Cidade universitária de Moscow
O espaço Fifa Fun Fest da Copa do mundo foi dentro do campus da Universidade de Moscow. O Airbnb que pegamos, para facilitar o acesso, estava nos arredores da cidade universitária. O prédio principal do campus é lindíssimo e já tinha sido bastante recomendado por amigos como um passeio interessante fora do roteiro tradicional. Se tiver um tempinho a mais, vale conferir!
O astral da Copa, em todos os 5 dias em Moscow, foi muito legal e curtimos muito a Fifa Fan Fest. Pessoas de todo mundo estavam interagindo entre si, divertindo-se tirando fotos com diversas nacionalidades. Assistimos alguns jogos, inclusive o último que a Rússia ganhou, contra a Espanha, e foi emocionante ver a alegria dos russos com a vitória nos pênaltis!

Quarto dia de viagem à Moscow
Tour pelas estações do metrô de Moscow
As estações de metrô de Moscow foram concebidas para levar beleza ao dia a dia da população e fazer com que se sentissem no palácio do povo. Como disse antes, achei esse o melhor metrô do mundo, pois é lindo e tudo funciona muito bem!
O metrô de Moscow tem quase 100 anos e é muito fundo. Assim, é possível que você pegue lá as mais rápidas e fundas escadas rolantes da sua vida. Cada estação tem seu charme em especial, mas algumas são imperdíveis. E você não encontrará, nos 5 dias em Moscow, nenhuma igual a outra; dá, sem exagero, para passar dias inteiros só visitando estações!

O objetivo das obras que encontrará é de fazer propaganda do sistema socialista e criar um “paraíso subterrâneo para o povo”. Por isso, diversos símbolos estão presentes em esculturas, mosaicos, vitrais e pinturas.
Quais estações visitar
Uma delas é a estação Taganscaya, onde está o Bunker 42. A profundidade é enorme, a mesma do bunker, lógico! A Novoslobodskaya é toda forrada com vitrais de uma igreja de Riga, na Letônia. A Ploschad Revolyustsii está lotada de esculturas de bronze, pois são no total 72 trabalhos que representam soldados, trabalhadores, pessoas comuns e crianças. Segundo a tradição, dizem que dá sorte colocar a mão na estátua do cachorro.

Entre as mais impressionantes também estão: Arbatskaya, Elektrozavodskaya, Kiyevskaya, Komsomolskaya, Mayakovskaya (a que achei mais interessante, pelo significado das ilustrações no teto), Novokusnetskaya e Teatralnaya (um tributo às artes).
Tour no ônibus vermelho de Moscow
Saindo das estações, pegamos o ônibus vermelho que circula a grande parte dos pontos turísticos. Aproveitamos este último dia de tíquete para circular nas ruas das principais atrações, vendo de cima dele boa parte da cidade! Como padrão, lá existem fones em que escutamos a narração de todo o trajeto e é possível, assim, subir e descer em diferentes pontos, bastando apenas apresentar o ingresso na entrada.

O Moscow City Pass tem contagem por horas: 24h, 48h, etc. A dica é que ele não vence no final do dia, vence na mesma hora no dia seguinte. Então conseguimos usar em três dias o ingresso de 48h! Saindo do ônibus, pegamos, novamente, o metrô e fomos ao mercado de pulgas. Como comentei antes, acho que não vale à pena tanto tempo dispensado para ir e vir de lá.
Outros lugares de Moscow que não visitamos e são bem recomendados
Convento de Novadevichy
O convento está longe do centro e demora um tempinho para chegar, por isso, tivemos de tirar de nosso roteiro. Construído em 1524, era usado para os maridos enviarem as esposas quando queriam se separar, pois se as entregassem para Deus, eles eram considerados livres para casar novamente. Foi um czar que construiu o convento para a despachar a esposa, pois como ela não engravidava, ele a enviou para lá e se casou novamente. À parte a história terrível do lugar, dizem que o prédio e a vista são belíssimos!
Teatro Bolshoi
Sou apaixonada por balé e o Bolshoi é sem dúvida o mais famoso de toda a história! É uma tradição dos russos investir no balé para crianças e ter um filho ou filha bailarina pode significar riqueza, assim como os brasileiros pensam nos jogadores de futebol. A Rússia também já contratou diversos bailarinos e bailarinas do mundo, inclusive durante o período socialista. Um dos nomes famosos que esteve por lá foi Isadora Duncan, norte-americana que fez grande sucesso na França no início do século XX.
Existe um museu do Bolsoi e o teatro também está aberto à visitação. Eu ainda quero voltar para ir a eles e também assistir um espetáculo. Os ingressos esgotam com meses de antecedência e, lógico, não consegui comprar 15 dias antes, ainda mais na Copa do Mundo!
Percepções dos 5 dias em Moscow
Meus 5 dias em Moscow praticamente finalizaram no mercado de pulgas, pois depois fomos à Fifa Fun Fest e no dia seguinte já era nosso voo! Eu saí encantada como a primeira vez que vi Paris, Budapeste, Atenas, a Alhambra de Granada, Bruges e Colmar! O gostinho é de quero mais! Pensamos em retornar com foco principal em São Petersburgo, mas passando por Moscow para curtir o Bolshoi, ver o parque, passear com mais calma no Kremlin e provar adequadamente a gastronomia local! Como comentei, na Copa do Mundo tudo estava lotado e não deu para curtir isso, além dos restaurantes tradicionais.

Aproveito para convidar você para se inscrever em nosso mailing VIP para receber nossos newsletters e conteúdos exclusivos! Basta então preencher o formulário que está aqui. Não deixe de conferir também nosso Face, Insta e Pinterest!