
Orléans é uma cidade francesa a pouco mais de 100 km de Paris. Capital do Vale do Loire, é banhada pelo famoso rio que dá nome à região. Sua história nos faz lembrar da heroína Joana D’Arc, que os libertou em 1429 e ajudou para que a França ganhasse a Guerra dos Cem Anos. Também nos recorda da família que inspirou o nome desse estado francês. Assim como Tours, Orléans é um dos pontos de base para a rota mais famosa de castelos do mundo! Conto então aqui o que fazer e dou dicas para aproveitar ao máximo a sua viagem a Orléans no Vale do Loire!
O que fazer na sua viagem à Orléans, no Vale do Loire
Casa da Joana D’Arc
A casa da Joana D’Arc (Maison de Jeanne D’Arc) é um dos principais pontos turísticos para a sua viagem à Orléans no Vale do Loire. É uma construção com estrutura de madeira que foi reconstituída nos anos 1960. Ali morou Jacques Boucher, tesoureiro do Duc d’Orléans, que abrigou Joana d’Arc em 1429.
A história da heroína é super importante para os franceses e, no curso que fiz sobre Cultura e Civilização Francesa da Universidade de Nancy, foi um tópico bem extenso e digno de questão dissertativa na prova final! Chamada de donzela de Orléans, era uma camponesa que dizia ouvir vozes divinas pedindo que ajudasse o então rei francês na sua batalha contra os Ingleses. Contudo, sua vida acabou com um julgamento que a levou à fogueira na linda cidade de Rouen, na Normandia.
Na Maison existe uma sala multimídia onde podemos ver um filme interativo sobre a Guerra dos 100 anos, a vida da heroína e seu período em Orléans. Também está lá o maior acervo sobre ela e a época: 37 mil documentos, como livros, revistas, cartões postais, gravuras, filmes, objetos… O ingresso dá acesso livre e contínuo não só à casa, mas também ao Museu de Belas Artes e ao Museu de História e Arqueologia.

Catedral de Sainte-Croix
Em Orléans, França, também fica a Catedral de Sainte-Croix, uma construção gótica com duas imponentes torres e um belo órgão. Ela está entre as cinco maiores catedrais góticas da França, pois tem 140 metros de comprimento, 53 de largura e 106 de altura. A Sainte-Croix começou a ser construída em 1287, mas a inauguração oficial aconteceu em 1829.
A igreja tem uma participação importante na história da França, pois era nela que Joana d’Arc rezava e é por isso que seus vitrais contam a trajetória da heroína. Os vitrais do interior também abordam essa narrativa. Além disso, em frente da catedral está uma escultura dessa famosa francesa, revelando que suas marcas ainda estão presentes na cidade.
No centro de Orléans, França, inúmeras ruas medievais mantém o astral histórico da cidade. Um dos locais onde elas levam é então o Hôtel Groslot, a atual câmara e por onde passaram a rainha da França Catarina de Médicis, a inglesa Mary Stuart e onde morreu Francis II.

O que mais gostei da minha viagem à Orléans, França
O ponto de Orléans, França, que mais gostei é também famoso: o rio Loire. Encontramos ali cinco pontes: Pont de l’Europe, Pont du Maréchal Joffre (também conhecida como Pont Neuf), Pont George-V (também chamada de Pont Royal, Pont René-Thinat e Pont de Vierzon). Podemos então caminhar à beira do rio e ver como a cidade se delineou ao longo dele. Seu passado comercial e o uso como rota até o mar dão, assim, mais cor às águas, que banham, mais à frente, inúmeros castelos.
Entre o rio e a catedral temos uma série de ruas com casas medievais e renascentistas fechadas para pedestres. As construções são tanto de pedra quanto com a estrutura de madeira, em enxaimel. Entre as ruas l’Empereur, Halles, Poterne, la Charpenterie e as praças Châtelet, Loire e République está o bairro dos restaurantes, onde é possível sentar numa varanda de um café ou curtir um bar.
Porque viajar à Orlèans, no Vale do Loire
A cidade foi um ponto estratégico do Loire, por estar em seu ponto mais ao norte e mais próximo de Paris. Ligava também a capital a Rouen. Chegou a ser a terceira mais rica do País. No Renascimento, ficou na moda pelos ricos castelos próximos, como Chambord, Amboise, Blois e Chenonceau.

Foi justamente por conta dos castelos que me hospedei em Orléans da França, no Vale do Loire. Usei então a cidade de base para fazer alguns bate e volta de trem.
Cheguei num trem saindo de Paris e também deixei, portanto, a village de trem rumo à Limoges, onde eu tinha uma reunião na Universidade. Escolhi esse destino porque adoro castelos e por estar no meio do caminho que eu precisava fazer e funcionou muito bem!
Eram apenas duas noites, mas consegui otimizar bem. No primeiro dia, foi o tempo de me deslocar, chegar e conhecer a cidade. No segundo, consegui ir à Amboise e Blois e, no terceiro, já era hora de voltar! Chambord e Chenonceau ficaram para uma próxima oportunidade!

Como ir à Orléans
O principal meio utilizado para viajar no Vale do Loire é o carro, o que acho a melhor opção. Você pode alugar um chegando lá ou ir de carro. Alguns dos castelos não são acessíveis por trem e como essa é uma rota romântica, assim, é bem comum que os turistas se desloquem de Paris até Orléans de carro.
É, contudo, possível chegar de trem e explico tudo sobre esse roteiro em transporte público aqui! O tíquete de Paris até lá não saiu caro porque consegui pegar uma tarifa promocional e comprar online cerca de um mês antes por apenas 16 euros.
Onde se hospedar na sua viagem à Orléans, no Vale do Loire
O lugar que mais gostei da cidade, como podem perceber, é a região do Centro Antigo nos arredores do rio, perto da área fechada para pedestres (mas não no meio dela), pois de lá é possível se deslocar à pé para jantar ou almoçar e também estacionar e sair da cidade facilmente.
Nesse ponto está o Empreinte Hotel & Spa, um hotel butique quatro estrelas. O legal de lá é que tem quartos Junior Suites e Suite com uma vista bacana do rio! Além disso, o café da manhã é repleto de delícias regionais.

Pertinho dali encontramos um duas estrelas mais em conta: o Hôtel Marguerite. Ele está a apenas 150 do Loire e, portanto, a 10 minutinhos da Catedral.

O que está no coração do Centro é o Hôtel d’Orléans, um três estrelas mais moderninho e super reformado. É a melhor opção para quem chega pela estação de trem, como eu fiz, pois fica a 500 metros de lá.

Está planejando viajar a Orléans e ao Vale do Loire? Não deixe então de conferir minha viagem para Blois e Amboise!
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Uau! Nunca tinha ouvido falar deste local, mas parece mesmo muito bonito e interessante!!!
É bem interessante pela história da Joana D’Arc. Adoro a trajetória dela! Mas o melhor de tudo é que essa é uma cidade para fazer base para o lindo Vale do Loire 😊