Quando temos coisas para resolver em cidades que não conhecemos, o que vem depois dos afazeres? Vem então o turismo! Foi assim que conheci Metz, situada no nordeste da França , a 50 km de distância Luxemburgo e, portanto, não muito longe da Bélgica e da Alemanha. Ela está na Lorena (Lorraine), que, como a Alsácia, já foi território alemão. Conto então aqui o que fazer em Metz para tornar sua viagem inesquecível!

O que fazer em Metz
Andar à beira dos rios para ver a paisagem
Metz foi abençoada por dois rios, o Moselle e o Seille. Assim como Paris, ao ser atravessada pelos rios, divide-se em charmosas ilhas. Em alguns trechos formam-se canais, como vemos, por exemplo, em cidades como Strasbourg, Colmar e Amsterdã. É possível então caminhar à beira de diversos canais e curtir vistas bem bonitas. Por isso, eu aproveitei para andar por alguns deles! Era outono e a paisagem estava muito poética.

Curtir a mescla arquitetônica
A cidade é beeeem antiga, tem mais de 2 mil anos! Já foi celta, capital do reino franco da Austrásia, do Império carolíngeo, do Santo Império Romano-Germânico, do reinado francês e, no século XIX, foi anexada pelo Império Alemão. De tantas mudanças de impérios e reinados e com uma longa história, Metz apresenta então uma arquitetura bem diversa, da antiguidade à contemporaneidade, com heranças medievais e clássicas e influência francesa e alemã.

Visitar o Centre Pompidou-Metz
O que faz Metz hoje? Com seus pouco mais de 100 mil habitantes, é conhecida como a cidade da comunicação e das tecnologias da informação. Por isso, encontramos lá áreas novas, fora do Centro, em que a arquitetura é bem vanguardista. Um dos exemplos é o centro Pompidou-Metz, filial do famoso museu de arte parisiense para exposições temporárias e inaugurado em 2010. Ele está atrás da lindíssima estação central – aliás, eu nunca tinha visto tanto movimento e beleza em uma estação que atende uma cidade de só 100 mil habitantes. Ao redor dele estão diversos prédios novos e um shopping (uma raridade na França).

Ir ao Museu de la Cour d’Or
Não muito longe da estação está também o Museu de la Cour d’Or, que expõe objetos da época romana até ao Renascimento. Caminhar de lá até o centro é rapidinho, pois em 15 minutinhos chegamos numa área fechada para pedestres com inúmeras lojas e uma Lafayette e uma Printemps, famosas redes francesas.

Visitar a Place de la République
Também vemos praças lindíssimas, amplas. Com isso, essa é a cidade antiga que mais me deu a sensação de espaços abertos, diferente das ruas medievais apertadíssimas e escuras que se vê na maioria dos países europeus. Uma que se destaca é a Place de la République (foto).

Passear na Coline de Sainte-Croix
O ponto mais alto do centro é a colina de Sainte-Croix, onde o Seille e o Moselle se unem. Lá encontramos construções medievais, como casas e igrejas.

Principal: Saint-Étienne
O lugar que mais amei foi a Catedral Saint-Étienne. A nave dela é enorme e, por isso, é um dos prédios góticos europeus mais altos. Ela está em 10o lugar entre os mais elevados, depois construções religiosas de Beauvais, Vaticano, Milão, Bolonha, Barcelona, Palma de Mallorca, Colônia, Amiens e Sevilha. Ou seja, é a terceira maior igreja da França.

Os vitrais são magníficos e alguns deles são de Chagall. De vários pontos você verá a Saint-Étienne e ver ela, de longe, é magnífico! Vendo de perto, nos surpreendemos com os vitrais e a iluminação natural perfeita para uma oração.

Comer quiche lorraine no Marché Couvert está no top da lista do que fazer em Metz
Bem em frente à Saint-Étienne está o Marché Couvert, o mercado central. Lá tem pães, especiarias, frutas, além de lugares pra comer. É, portanto, um bom lugar para experimentar doces, tomar vinho e pedir a famosa quiche lorraine.

Ver os mercados de Natal e os prédios públicos
Na região da praça da République, onde está a Laffayete, fica o Palais de la Justice, Palais du Governeur e o Arsenal, onde acontecem espetáculos de dança e música. Também vemos a Chapelle des Trempliers. É uma área bem agradável para passear. Entre a última semana de novembro e o final de dezembro, instala-se nessa região uma graciosa feira de Natal tão legal quanto os marchés de Noel da Alsácia!

Observar como são diferentes as portas da cidade
Outra característica de Metz que me impressionou muito foi a quantidade de portas da cidade que tem. Cada uma é de um jeito, pois foi construída em uma época e contexto diferente. Amei cada uma delas! A mais famosa é a Porte des Allemands, lindíssima, imponente. O conjunto de todas, contudo, é tão distinto, tão conservado. Eu consegui mesmo visualizar elas sendo utilizadas como portas da cidade em seus respectivos momentos! Acho que se tornaram as minhas favoritas, até mais que o Portão Bradenburgo, em Berlim.

Ir ao Jardim Botânico e ao Canal de Jouy
Perto do Canal de Jouy (ótimo para caminhar) está o Jardim Botânico. Eu não cheguei a visitar por falta de tempo, mas dizem que é bem agradável passear lá.
No final do passeio, voltei então à minha linda estação para pegar o meu trem até Strasbourg e de lá outro para Mulhouse, onde morei por um ano.

Eu não imaginava que ia curtir tanto Metz. Ela tem o número de habitantes de Mulhouse, onde morei, mas tem muito mais vida, mais marcas de história na arquitetura, mais atrações…

Como chegar à Metz
De Paris, são 75 minutos em TGV. Saindo de Luxemburgo, rapidinho se chega lá, pois é ao lado! Já a viagem de Strasbourg dá 1h30 em TER, trem regional. Outra cidade próxima é Nancy, a 60 km. O aeroporto é o Metz-Nancy-Lorraine, situado a 30km da cidade.
Onde ficar em Metz
Cheguei a avaliar passar uma noite em Metz para não perder o compromisso. E, para isso, fez uma pesquisa em alguns pontos de destaque tanto do ponto de vista de conforto quanto de custo-benefício. O destaque da cidade pra mim é o La Citadelle Metz MGallery, que foi o que achei mais diferente e estiloso, e depois vem aquelas redes tradicionais, como Mercure Grand Hotel Metz, Novotel Metz Centre, além do Mercure Metz Centre, que me pareceu melhor que o grand. Para uma estadia a mais baixo custo, o Ibis Styles Centre Gare é o hotel do grupo que me pareceu mais novinho.



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