Corfu, Grécia: tudo para sua viagem!

O primeiro passo que dei na Grécia foi em Corfu – ou Kerkyra. Essa é uma ilha grega no mar Jônico. É a segunda maior dessa região, pois perde apenas para Kefalonia, que dizem ser maravilhosa também. Com aproximadamente 600 km2, tem diversas participações na história por conta de batalhas e guerras, entre elas a Guerra do Peloponeso e a I Guerra Mundial. Veja agora como foi e como organizar sua viagem à Corfu, Grécia!

As antigas ruas de Kekyra no estilo veneziano
As antigas ruas de Kekyra no estilo veneziano

Como chegar à Corfu

Apesar de pequeno, o aeroporto de Corfu recebe companhias locais e também de toda a Europa. Cheguei em um voo da Tui Fly partindo do Euro Airport, situado na fronteira tripla da França, Alemanha e Suíça, que atendia a cidade de Mulhouse, onde eu morava na França. Era o início da segunda quinzena de julho e o aeroporto da ilha estava lotadíssimo tanto de gente chegando quanto partindo. Meu marido (na época namorado) vinha da Espanha, de um voo da Vueling que saía de Barcelona. A facilidade de acesso por avião e o custo da passagem foram alguns dos motivos porque escolhermos fazer a viagem à Corfu, Grécia.

O porto antigo de Kerkyra
O porto antigo de Kerkyra

Uma visão geral da ilha de Corfu

Kerkyra é totalmente diferente das ilhas gregas que ouvimos dizer no Brasil. Normalmente, os brasileiros viajam à Santorini e Mikonos e raras vezes à Creta. Esse, contudo, é um destino bastante procurado pelos próprios europeus. Vemos muitos franceses, ingleses, alemães e suíços. Vimos lá um casal de brasileiros que mora na Inglaterra há anos e reconhecemos somente mais um outro, com o qual não falamos. Digamos que é bem raro não encontrar gente do Brasil em destinos turísticos europeus…

Um pouco mais dos detalhes da cidade de Kerkyra
Um pouco mais dos detalhes da cidade de Kerkyra

Corfu é grande e tem suas áreas com mais badalação e outras mais tranquilas. O comum a elas é a água cristalina e calma, além da boa estrutura de bares pé na areia. É um destino para todas as idades e gostos. Vimos desde grupos de estudantes a famílias com crianças e idosos. E o melhor: o custo-benefício, principalmente comparando os destinos europeus de verão, é muito bom para a viagem a Corfu, Grécia tanto no quesito hospedagem quanto para locação de carros e alimentação.

Dentro da antiga fortaleza de Corfu
Dentro da antiga fortaleza de Corfu

Onde se hospedar na sua viagem à Corfu, Grécia

Como a ilha é bem comprida e o tempo de distância entre uma ponta e outra é grande, optamos por dividir a viagem em duas etapas. Ficamos uma parte da viagem mais ao sul, numa pousada simples, e depois ao norte, num resort. Ao todo foram então seis noites divididas nos dois hotéis. Para facilitar, explico todos os detalhes sobre áreas e hotéis em outro texto, neste post aqui. Vamos então focar nesta página as atrações e informações essenciais, mas não deixe de conferir o outro post, pois ele é fundamental para selecionar as regiões e hotéis!

A vista do Veroniki Studios, a pousada simples em Monaitika
A vista da nossa pousada simples em Monaitika

Essa divisão nos ajudou bem a organizar os deslocamentos, por mais que ao sul tenha menos praias charmosas que ao norte. Esse planejamento é muito importante, pois um deslocamento ponta a ponta na ilha pode demorar mais de duas horas! Confira neste link agora sobre as regiões e hotéis para ficar!

Como se deslocar na sua viagem à Corfu, Grécia

Imprevistos à parte, vamos falar um pouco mais da estrutura da ilha! Pela ilha ser bem comprida e com distâncias grandes entre as praias, a viagem à Corfu, Grécia pede aluguel de carro. Existem alguns ônibus turísticos e excursões, mas o melhor custo-benefício é mesmo alugar um carro. Mesmo na temporada, não sai tão caro porque o valor é entorno de 50 euros por dia. Essa escolha fez toda diferença: fizemos nosso horário, nossa programação e conseguimos ir a todos os lugares que queríamos.

Nas ruas dos vilarejos de Corfu
Nas ruas dos vilarejos de Corfu

O norte de Corfu está entre três e 23km de Saranda, na Albânia (aliás, uma cidade litorânea que está ficando muito em alta!). Já o sul está próximo à costa de Thesprotia, na Grécia. Duas famosas ilhas também estão na região: Paxos e Anti-Paxos. É por isso que entre os passeios mais tradicionais de barco saindo de Corfu estão Ksamil e Saranda, as duas na Albânia, e as ilhas de Paxos e Anti-Paxos. Vimos então diversas agências fornecendo essa opção de viagem de um dia saindo de Corfu, Grécia!

A vista da ilha de um dos pontos mais altos
A vista da ilha de Corfu de um dos pontos mais altos

É possível ainda ir à Albânia de ferry, mas ele sai às 8h30 e retorna às 16h, o que não faz aproveitar o dia todo, além de ser meio carinho, algo entorno de 100 euros ida e volta. Eu consideraria o ferry uma opção somente se quiséssemos passar uns dias naquele país. Optamos, inclusive, de nem ir à Atenas por terra. O voo Corfu-Atenas saia mais barato do que o ferry (pagamos 60 euros por cabeça, mas na primeira pesquisa que fiz, antes de decidir o destino, estava 40), sem contar que a distância de barco+carro é longaaaaa….

História da ilha de Corfu, Grécia

Período antes de Cristo

Com belas praias e repleta de montanhas, Corfu tem suas particularidades devido não só ao relevo e à natureza, mas à história da ilha. Segundo registros antigos, a os liburnios estiveram na ilha até 700 antes de Cristo, a partir de então foi populada pelos coríntios. Pela posição estratégica para as rotas comerciais, em 480 a.C. ela tinha a segunda maior frota de navios de toda a Grécia.

O Palácio de Aquilleon construído pela Sissi da Aústria
O Palácio de Aquilleon construído pela Sissi da Aústria

Controle da República de Veneza

Dos séculos VIII a XII, Corfu assumiu uma relevante posição nas viagens entre o Ocidente e o Oriente e viveu certa paz e segurança no período bizantino. Com a queda do império, foi ocupada por genoveses, que foram expulsos pelos venezianos, mas passou por várias mãos até 1386, quando foi controlada pela República de Veneza.

Corfu na Idade Média

Se na Idade Média os litorais eram muito invadidos, imagine então a situação de uma ilha perto da Itália! Castelos medievais e fortalezas foram, por isso, construídos para proteção. Essas proteções eram usadas pelos venezianos – a ilha era deles, por isso, a arquitetura é diferente – para se defender da entrada de otomanos no Adriático. Assim, Kerkyra, a “Porta de Veneza“, foi uma das poucas áreas da Grécia nunca conquistadas pelos otomanos. As ruas e construções antigas em estilo veneziano da principal cidade da ilha são maravilhosas e se tornaram Patrimônio Mundial da Unesco.

Detalhes de Kerkyra
Detalhes de Kerkyra

Várias famílias venezianas se estabeleceram em Corfu nesses séculos e são chamadas Corfiot Italians. Também diversos judeus italianos se refugiaram lá nos períodos venezianos. Essas marcas estão presentes nos traços de alguns moradores e na gastronomia, maravilhosa por unir sabores italianos com um toque grego. Entre os pratos típicos estão o Sofrito, a Strapatsada, o Savoro, o Bianco e o Mandolato.

Sissi em Corfu

Ao longo dos séculos, a ilha se tornou um destino de verão muito procurado por reis e rainhas. Em 1889, a imperatriz Elizabeth da Áustria, a Sissi, decidiu construir um castelo na região de Gastouri, ao Sul de Corfu, e o nomeou Achilleion, em homenagem ao herói Aquiles. O prédio neoclássico é repleto de pinturas, esculturas e jardins e hoje foi transformado num museu.

Pratos à la Corfiot
Pratos à la Corfiot

Mito de Kerkyra

O nome da ilha e da principal cidade, contudo, é grego: Kerkyra ou Korkyra. Vem de dois elementos da mitologia relacionados à água: Poseidon, do mar, e Asopos, um grande rio. Segundo o mito, Poseidon se apaixonou pela ninfa Korkyra, filha de Asopos, e Metope a abduziu. Poseidon então levou Korkyra para uma ilha sem nome e deu o nome dela ao local. Eles tiveram um filho chamado Phaiax, motivo porque os habitantes foram nomeados de phaiakes. O termo Corfu veio da versão italiana e bizantina que significa cidade dos picos, pois existem dois lá.

Topografia e natureza da ilha

Corfu é conhecida como a ilha esmeralda. Uma grande vegetação veste todo o território de oliveiras e cipreste. Dizem que, antigamente, a base da alimentação era de pão e azeite, por isso, plantaram as oliveiras. O fato é que hoje o azeite produzido lá é considerado um dos melhores de Grécia, sendo os produtos derivados da oliva (incluindo os cosméticos) um dos principais souvenires.

O monte Pantokrator e a vista da costa da Albânia
O monte Pantokrator e a vista da costa da Albânia

Duas áreas montanhosas dividem a ilha em três distritos: as montanhas do norte, as ondulações centrais e a área baixa do sul. A mais importante dessas elevações é o Pantokrator, que abrange de leste a oeste do Cape Falacro ao Cape Psaromita e é o ponto mais alto da ilha. Em seu cume está um monastério e de lá a vista é belíssima, pois conseguimos ver a costa da Albânia. Você precisa ir lá na sua viagem à Corfu, Grécia, pois é super lindo!

As formações rochosas se devem ao fato da falha geológica próxima da Kefalonia, onde ocorreram terremotos. Essas elevações tornam ainda mais belas regiões de praias como Agios Gordis, Agios Georgios, Kassiopi, Sidari e Palaiokastritsa. Assim, ao sul as praias são mais planas e arenosas e ao norte estão as mais exóticas e com pedrinhas. Não deixe de colocar elas no roteiro de sua viagem à Corfu, Grécia!

Praias de Corfu, Grécia

Mas vamos para a melhor parte da viagem à Corfu, Grécia: as praias! No geral, todas têm mar calmo, sem ondas, praticamente uma piscina! Se você quiser surfar, definitivamente esse não é o lugar! Mas é perfeito para os outros esportes náuticos pelas águas tranquilas. Por isso também que famílias com criança preferem Corfu. Você anda anda no mar, com a água na cintura, e não tem uma ondinha. Pra deitar numa boia, é uma maravilha!

Infra em um bar em Sidari
Infra em um bar em Sidari

Você encontrará praias tanto de areia quanto de pedra e água mais quente e mais fria, dependendo da região da ilha. O que mais me impressionou foi que várias praias têm bares com uma estrutura maravilhosa. Em boa parte deles você terá de pagar para sentar nas espreguiçadeiras e usar o ombrelone. O valor por pessoa varia de 6 a 8 euros e dá acesso a banheiros e a WI-FI.

Bebidas e comida são servidas na praia, mas normalmente as pessoas tomam café gelado em vez de bebida alcoólica e usam as mesas de dentro do bar/restaurante para comer. Ou seja, é um pouco diferente do que estamos acostumados no Brasil. Não raro você verá gente que aluga a espreguiçadeira, mas come e bebe o que levou de casa.

Os famosos cafés gelados
Os famosos cafés gelados

Outra característica de lá é que, diferente de outras regiões europeias, raramente se vê topless. As pessoas também costumam levar boias e ficar flutuando no mar. As mulheres usam biquínis pequenos, semelhantes aos do Brasil, e os homens costumam usar short de banho, com isso, poucos usam maiô.

Praias do sul de Corfu

Kavos

Para explicar as praias vou então subir do extremo sul ao norte. A praia mais famosa da ponta sul da ilha é Kavos, mas essa é para colocar na lista de lugar para não ir! Todos dizem que vão muitos jovens ingleses que enchem muito a cara de bebida e, por isso, tornou-se barulhenta e cheia de bêbados. Nem passamos perto, pois as recomendações de não ir foram unânimes.

Praia de Messonghi, ao sul da ilha
Praia de Messonghi, ao sul da ilha

Notos, Boukaris, Agios Ionnis, Moraitika, Mesonghi e Benitses

Subindo ao norte, nessa mesma costa, as praias de Notos, Boukaris e Agios Ionnis foram bem recomendadas. Demos uma boa volta nesse pedaço e o que mais gostamos foi a Fish Fresh Taverna de Boukaris como um restaurante pra sentar e ver a vista. Gostamos também do restaurante Botanical Garden da Notos, com a mesma proposta. Entre Moraitika e Benitses, na estrada principal, estão diversos restaurantes (tabernas) em cima de penhascos que são bem gostosos para jantar, beber e ver a vista à noite.

Achamos a praia de Benitses, onde existe um centrinho com bastante estrutura, bonita, mas ela é muito cheia. Almoçamos um dia na simpática Taberna Village Madalena na rua principal da bela praia de areia Mesonghi, mas não ficamos por lá, saímos mais para desvendar outros lugarzinhos.

Benitses é uma praia bonita, mas com uma pequena faixa de areia e pedras e espaço apertado
Benitses é uma praia bonita, mas com uma pequena faixa de areia e pedras e espaço apertado, além de pouco sofisticada

Chalikounas, Issos, Gardenos, Marathias, Prasoudi e Halikounas

Do outro lado sul da ilha, as praias mais recomendadas foram Gardenos, Marathias, Issos, Chalikounas e Prasoudi. A que mais gostamos foi a de Halikounas. É uma faixa de areia entre o mar e o lago Korission muito utilizada para esportes náuticos. É um lugar que me lembrou bastante o Ceará, mas sem dunas e com a água mais clara e azul. Passamos uma tarde na excelente barraca Tayo Relaxing, o local com uma das melhores estruturas que fomos e o único onde não pagamos pra ficar, basta apenas consumir. Esse é um local não tão procurado, mas que vale incluir no roteiro de viagem à Corfu, Grécia!

Chalikounas e a área dedicada a esportes náuticos: uma verdadeira piscina
Chalikounas e a área dedicada a esportes náuticos: uma verdadeira piscina

Glifada: famosa pelo pôr do sol

Nesse lado, na região central da ilha está a praia de Glifada. Dizem ser um dos mais belos pores do sol (é esquisito escrever esse termo no plural) de Corfu. O efeito das luzes é bem bonito, mas não vemos o sol caindo no oceano, ele desce atrás da montanha, por isso, não achei que falei tanto gastar o tempo da viagem de Corfu, Grécia, para ir. Lá existe um bar/balada à beira mar que tem a estrutura mais sofisticada de toda a ilha. Não é a praia mais bela, mas é bem badalada. Pertinho dali está o povoado de Pelekas, onde dizem ter um belo pôr-do-sol também, mas não vimos dali.

Pôr do sol em Glifada
Pôr do sol em Glifada

Praias do norte de Corfu

Paleokastritsa: ponto obrigatório da viagem à Corfu, Grécia

A cidade de Corfu está na região central da ilha, à beira mar. Em seu lado oposto, à noroeste, uma das praias mais famosas é a Paleokastritsa, que significa castelo antigo. Ali, em cima da montanha, está um monastério onde acredita-se que havia um castelo. Esse é o vilarejo mais famoso da ilha e muito procurado para passeios de barco e mergulho, pois tem grutas e praias acessíveis somente pelo mar. A vista do monastério é belíssima, mas não achei a atração em si muito interessante.

Passamos o dia em Paleokastritsa sentados numa barraca na praia, numa praia de pedrinhas, onde pagamos 8 euros para cada cadeira, em uma ótima estrutura. Entretanto, é importante destacar que achei os preços de comida e bebida dali os mais caros. A água é a mais gelada que vimos em toda ilha, difícil de ficar dentro dela! Aliás, as praias voltadas por mar Jônico costumam ter água mais gelada do que as que estão situadas no lado mais próximo do continente. Mas esse é o principal e um dos mais bonitos lugares de uma viagem à Corfu, Grécia.

A bela vista de Paleokastritsa de cima da montanha do monastério
A bela vista de Paleokastritsa de cima da montanha do monastério

Agios Giorgios, Agios Stefanos, Logas e Cape Drastis

Ainda a noroeste estão duas praias famosas pelo visual das montanhas: Agios Giorgios e Agios Stefanos. Subindo ainda mais está o melhor lugar da ilha para um pôr-do-sol: a famosa praia de Logas, também conhecida como Sunset Beach, e o Cape Drastis. A Praia de Logas é adornada por falésias. Não é um local incrível para passar o dia porque a faixa de areia é muito estreita. Entretanto, a vista e o visual são incríveis! Para chegar, descemos uma trilha curta, mas bem íngreme.

Logas beach vista de cima
Logas beach vista de cima

O grande atrativo de Logas é o complexo em que está o 7th Heaven Cafe e o Restaurante Panorama. O lugar é muito especial porque está situado numa área enorme, com uma varanda de vidro em que podemos ver a praia em baixo e o pôr do sol à frente. Fomos lá duas vezes: em uma, tomamos um drink; em outra, jantamos. A experiência da vista e o pôr do sol é muito legal, mas a comida e a bebida não são tão especiais pelo valor. Assim, recomendo pedir uma cerveja ou café gelado e aproveitar o show da última luz do dia!

Restaurante Panorama e 7th Heaven Bar
Restaurante Panorama e 7th Heaven Bar

Sidari e Canal d’Amour

Indo ainda mais ao norte, está outra região bem famosa: Sidari, onde está o conhecido Canal d’Amour. Dizem que quem o atravessa a nado terá sorte no amor e, se estiver acompanhado, o casal ficará junto pra sempre. O local é bem bonito, mas não é dar melhores regiões para passar o dia, por mais que tenhamos ficado uma tarde inteira nessa praia.

A estrutura é muito boa e pagamos oito euros para sentar nas cadeiras, bem como comemos lá o melhor queijo feta da viagem. A praia, contudo, tem uma areia mais grossa e a água é cheia de algas, o que é ruim para o banho. Em alguns trechos a água é quente, mas em outros – deve ter alguma corrente ali – é fria. Se for ficar nela, procure um cantinho quente e com menos algas. Achamos um mais à direita da praia.

O Canal D'Amour de Sidari
O Canal D’Amour de Sidari

Kassiopi

Do lado nordeste da ilha, indo de Corfu para o Norte, a vista da estrada principal é muito linda, principalmente no trecho que vai de Ipsos – uma longa praia bem bonitinha com pedras pequeninas e areia – a Kassiopi, onde está um vilarejo com bastante estrutura e vários restaurantes e lojas.

A excelente infra da bela Barbati
A excelente infra da bela Barbati

As praias desse trecho são menores, de pedrinhas brancas e água bem cristalina. Foi o pedaço que mais gostei da ilha! Além disso, elas são tranquilas, pois têm um certo movimento, mas não são lotadas e têm um público mais tranquilo. Dá para perceber que é um local com frequentadores mais sofisticados do que as demais regiões, além de concentrar a maior parte dos melhores hotéis. Foi ali que estava nosso segundo o hotel, o resort.

Por conta das pedrinhas, é bem importante ter uma sapatilha de neoprene para usar nessa região, pois em algumas praias você pode machucar o pé. Nós compramos antes de ir, pela Amazon, mas lá é você encontra em várias lojas e supermercados.

A pequenina Nissaki, onde é possível mergulhar saindo da praia
A pequenina Nissaki, onde é possível mergulhar saindo da praia

Barbati, Nissaki, Kalami, Agni, Kerasia e Kouloura

Entre as praias do nordeste que merecem destaque estão Barbati, Nissaki, Kalami, Agni, Kerasia e Kouloura. As três primeiras foram as nossas favoritas de toda a viagem à Corfu, Grécia. Barbati tem um ótimo bar de praia na ponta esquerda dela. Nissaki é muito muito pequenina e é um local onde as pessoas saem para mergulhar, direto da areia para o mar, por isso, empresas de mergulho têm base nela. Já Kalami é onde estava nosso hotel. É uma praia pequena e charmosa, com pouquíssimo movimento. Percebemos que o acesso se dá mais por barco com visitantes que vão à noite jantar.

Outros pontos turísticos para sua viagem à Corfu, Grécia

Centro da cidade Corfu

O centro histórico de Corfu é uma parada obrigatória! Ele é delimitado por duas fortalezas, a nova e a antiga, ligadas pela muralha que cercava a cidade. A antiga é o monumento mais impactante da ilha e pode ser visualizada de vários pontos da cidade, inclusive do rooftop do Hotel Cavalieri, onde está a melhor vista da vila e onde vimos um belo pôr do sol. Nós não jantamos lá, só tomamos um drink. Jantamos nesse dia no restaurante Lolita, um estabelecimento lindo e sofisticado situado numa praça que é bem agradável. A apresentação da comida é maravilhosa do Lolita, mas o sabor não tem muito de especial, considerando que achei a gastronomia de Corfu incrível!

Vista do rooftop do Kavala Hotel na cidade de Corfu
Vista do rooftop do Hotel Cavalieri na cidade de Corfu

No centro é uma delícia se perder nas ruas venezianas. Lá está uma série de lojas de souvenires, principalmente no pedaço perto da rua Ag. Spiridonos, onde vimos opções mais bonitas e baratas que em Atenas. Eu me arrependi de não ter levado algumas coisinhas de lá e ter deixado para comprar na capital. Lá as toalhas com bandeira da Grécia estavam 6/7 euros, as esculturas médias 10 a 15 e os pequenos souvenires entre 1 e 3 euros. Em Atenas, o preço era 30/40% a mais ou até mais caro que isso.

Escultura do Palácio Aquilleon
Escultura do Palácio Aquilleon

Palácio de Achilleion

Outra atração imperdível é o Palácio de Achilleion, o que comentei que foi construído pela Sissi, que adorava uma viagem à Corfu, Grécia! Paga-se pra entrar 10 euros e vale muito! O museu está bem conservado e é necessário entorno de 1h30 para ver tudo com tranquilidade. Além da construção e dos adereços dentro dela, o jardim está repleto de estátuas, principalmente de Aquiles. Fiquei triste por saber que, como a imperatriz foi assassinada em 1989, ela não o viu pronto. Esse local está situado a uns 10km ao sul da cidade de Corfu. Li que foi cenário do cassino de James Bond no filme 007 Somente para Seus Olhos, mas não vi qualquer menção sobre isso no palácio.

Dentro do Palácio
Dentro do Palácio

Monte Pantokrator: um toque diferente à viagem à Corfu

O terceiro local importante para visitar é o Monte Pantokrator, que é o ponto mais alto que comentei antes. Para chegar lá a estrada é péssima. Cuidado ao usar o app Maps, pois ele pode te levar aos trajetos mais curtos que são micro estradinhas super perigosas à beira de penhascos. Isso aconteceu conosco e tivemos de voltar parte do percurso porque era muito arriscado continuar por ali. Veja então no mapa físico as principais estradas e cidades do caminho para tomar a decisão ao usar o GPS. Salve o mapa de seu aplicativo no modo off-line, pois parte do trajeto não tem sinal de celular.

Importante: não deixe para ir à Pantokrator no final do dia nem para voltar após o pôr do sol total porque o trajeto de volta é ruim, longo e escuro. Também é importante levar uma jaqueta, pois venta muito lá. É daquele vento de montanha que nos atrapalha para andar, tá? Não quero assustar, mas é só para que chegue e saia com segurança, pois ninguém nos alertou sobre isso.

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Agnadio Taberna com vista para a ilha e para a Albânia

Na volta do Pantokrator, é bacana parar para jantar na Agnadio Taverna, que fica na região da cidade de Spartillas, um trecho mais tranquilo de estrada. Paramos lá e vimos o pôr do sol dali, com um bom jantar a um preço bem justo. Dali também dá pra ver a costa da Albânia.

Castelo de Angelokastro

Outro ponto turístico é o Castelo de Angelokastro, um dos mais importantes do período bizantino. Ele está localizado na parte noroeste de Corfu, no alto de uma rocha, e contribuiu para evitar uma série de invasões. O acesso se dá pelo vilarejo de Krini, mas nós não fomos até lá.

As estradas da ilha são muito sinuosas e demora-se muito tempo pra ir de um lugar para o outro. Por mais que tenhamos ficado sete noites, foi necessário priorizar as atividades para poder também descansar e relaxar, afinal, férias são férias e pedem descansar o corpo e a mente!

Um pouco mais da costa sul de Corfu
Um pouco mais da costa sul de Corfu

Castelo de Kassiopi

Outro castelo que não fomos estava também no norte, em Kassiopi, o vilarejo com bastante estrutura que comentei. Nós só passamos ali à noite para comer. Acredita-se que o castelo seja do período bizantino, mas os estudos não têm clareza da data de fundação.

Banhos romanos

Por fim, mais ao sul da ilha, a 2 km da cidade de Corfu, está Kanoni, com uma cidade antiga e banhos romanos que também não fomos. Dizem que de lá se vê a ilha Pontikonisi, com uma pequena igreja bizantina do século 15, local que é possível visitar por passeios de barco. Nessa região também está o convento de Vlacherna.

Gastronomia da ilha

A gastronomia local, como comentei, tem bastante influência da Itália. Não raro você verá massas, pizzas, risotos e molhos pesto ou de tomate. Como a ilha tem bastante oliveiras, os pratos muitas vezes são regados a azeite e existem ótimas tapenades de azeitonas, mas algo curioso é que não vemos azeite nas mesas da ilha nem em outros lugares da Grécia. Eles cobram – e caro – se você pedir. Além disso, se quiser pão, paga-se também à parte.

Um dos pratos típicos. São bolinhos recheados de feta
Um dos pratos típicos. São bolinhos recheados de feta

Você encontrará não só os pratos de influência italiana, mas os típicos da Grécia – tomates e pimentões recheados, mussakas, bolas de carne com molho – e carnes e frutos do mar com temperos e molhos locais, os chamados Corfiot (que vem de Corfu). É bem comum também ver risotos e massas com molho de ovas, que recomendo experimentar porque são raras e caras no Brasil. Mas conto no detalhe o que comer na Grécia neste outro post!

Quanto custa comer na viagem à Corfu, Grécia

Além dos azeites, a ilha produz boas cervejas. Então aproveite para experimentar as que eles produzem localmente! Os preços em bares e restaurantes variam entre 2 e 6 euros, dependendo do tipo de cerveja.

Os drinks achei caros pelo custo da região, indo de 8 a 14 euros. A água é barata, variando de 0,50 euros num supermercado a 1,50 na praia. O que é bem tradicional em toda a Grécia, como comentei, é tomar café gelado e esses você encontrará em todo lugar!

A maravilha dos doces na padaria
A maravilha dos doces na padaria

No geral, você gastará entre 8 e 15 euros num prato num restaurante legal. São todos bem servidos e muito gostosos. As entradas vão de 5 a 8 euros. As sobremesas, por volta de 6 euros. Para os padrões europeus, o preço é bem em conta. Na França eu pagaria uns 25 euros num restaurante do mesmo nível e prato que paguei 8 euros e cerca de 40 num prato que pagamos 15. Já na Espanha o preço seria uns 20% a mais.

Como na primeira hospedagem não tinha café da manhã, comemos em restaurantes e padarias. O preço foi ótimo! Um café da manhã em um restaurante em Moraitika incluindo suco, café, pão e omelete saiu 3,50. Já na Despina Bakery, uma padaria transada da mesma região, o café duplo era 1,50 e um salgado (todos são maravilhosos, especialmente os de feta!) cerca de 2 euros. Não deixe de comer nas padarias os doces, em especial baklava! É muito mais molhadinho e mais gostoso que no Brasil!

A Village Taberna Madalena em
A Village Taberna Marilena em Messongi

Restaurantes deliciosos

Entre os lugares que mais gostei de comer está a Agnadio Taverna, na região de Spartilas, saindo do Monte Pantokrator, por conta da vista e da comida boa. Gostei também da taberna que comemos em Moraitika (não guardei o nome) e na Village Taverna Marilena de Messonghi. E o 7th Heaven, que é legal pela vista, mas nem tanto pela comida e bebida, além do drink da casa do rooftop do Hotel Cavalieri.

Aliás, temos um texto específico sobre a gastronomia grega! Não deixe de conferir!

O drink do Hotel Havala
O drink do Hotel Havala

Quando viajar à Corfu, Grécia

Do final de junho ao início de setembro, por conta das férias de verão, todos os destinos de praia ficam concorridíssimos e, portanto, mais caro. Se conseguir se programar antes, o ideal é ir na primeira quinzena de junho ou de setembro. Estará calor e os lugares mais tranquilos e baratos.

Quanto sai a viagem à Corfu, Grécia

Considerando que seja um casal – excluindo as passagens áeras e/ou ferry e considerando que alugará um carro – temos dois cenários. Não vou traçar nenhum roteiro aqui com perrengue ou comendo e se hospedando sem conforto. Estou considerando o aluguel de carro e a diária de hotel, bem como que comerá mais leve e beberá (um pouco, não muitão) na praia, que jantará bem à noite em lugares legais e que não fará excursões pagas porque tem o carro, ok?

Em um primeiro cenário, de 130 euros por dia o casal, ficará numa pousada mais simples e boa  (como a Veroniki) em quarto individual com banheiro privativo e irá na baixa temporada. No segundo, de 300 euros, irá na alta e ficará num hotel bacanudíssimo e sofisticado (melhor e mais caro que o San Antonio Corfu Resort).

Curtiu? Procurei reunir aqui todas as informações que uma pessoa precisa saber tanto para decidir ir fazer uma viagem à Corfu, Grécia, quanto para curtir a ilha!

Já está de malas prontas? Não deixe de conferir o texto que já publicamos que dá uma visão geral desse belo país e o sobre a incrível Atenas! Vale ver também o panorama que fizemos sobre a gastronomia grega! E continue acompanhando que aqui no blog Ultrapassando Fronteiras tem novidade toda semana! Todos os dias tem alguma foto e dica lá no nosso Insta!

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4 comentários Adicione o seu

  1. Thais disse:

    Daniela, Obrigada por compartilhar seu relato! Vou tentar ficar na parte nordeste da ilha por ter poucos dias (3 dias) e ir com um bebê e um de 3 anos. Vamos no final de agosto. Pelo que entendi parece ser a parte com melhor custo-benefício da ilha.

    1. Olá Thais! A parte Nordeste é de fato a que mais curti e me encantei. Não vai ser a mais barata porque no Sul é onde encontra as opções mais em conta. A Noroeste é a mais concorrida porque tem a praia mais famosa e no Norte onde encontra lugares mais exclusivos ou afastados. Tem sempre a opção de ficar na capital, mas você não estará pertinho da areia. O grande ponto aqui é que agosto tudo é bastante concorrido e este ano registra recorde histórico de turismo na Grécia. Por isso, se você for neste agosto e o critério for preço, o mais importante será pesquisar onde há hospedagem disponível e quais estão com melhor custo-benefício.

  2. Thais Leme disse:

    Adorei o conteudo!! Estamos indo da Alemanha para Corfu em Junho e pesquisandoi a respeito, mas o seu post fui mto enriquecedor! Vamos ficar em Kassiopi, queremos uma vida mais rustica com nossos adolescentes…. A proposito, a agua de lá era mto gelada? Preocupacao de nossa mocinha…rsrsrs. Obg por compartilhar! Abc

    1. Olá Thais, tudo bem? Aproveitem muito! Fui mais no alto verão e a água estava bem agradável. No geral, em junho já vai ficando bem gostosa a água, especialmente na segunda quinzena

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